Essa é uma pergunta interessante que surgiu após uma entrevista com a SolarTV Brasil e decidimos fazer um artigo sobre este tema. Esta pergunta faz sentido se nos depararmos com módulos fotovoltaicos cujas potências e eficiências são ligeiramente diferentes. Se tivéssemos que priorizar um dos dois parâmetros, qual seria o mais relevante na hora da escolha?
Neste artigo vamos falar sobre
o comportamento destes parâmetros operacionais do módulo fotovoltaico,
considerando os fatores ambientais que inevitalmente estarão envolvidos. Por
fim, vamos abordar esta questão à nível de sistema, ou seja, o quão relevante é
este questionamento quando falamos do sistema fotovoltaico completo.
A potência dos módulos
fotovoltaicos não é uma potência constante, ela varia em função da irradiância,
temperatura da célula fotovoltaica e coeficiente de massa do ar. No entanto, para
que todos os fabricantes de módulos fotovoltaicos possuam uma única base de
comparação de potência pode-se obter um valor de potência do módulo através de
um ensaio em condições ambientais padronizadas. Para isso foram definidas as
condições de teste padrão ou STC (do inglês: Standard Test Conditions).
Portanto, para fins de
padronização e comparação, os módulos fotovoltaicos são testados em condições
de teste padrão. As condições de teste padrão (STC) são condições nas quais os
módulos fotovoltaicos são testados em um laboratório. O teste do módulo é
realizado nas seguintes condições: intensidade de radiação solar de 1000 W/m²,
massa de ar de AM 1.5, temperatura da célula de 25 °C e velocidade do vento de
1 m/s [1-2]. Isso quer dizer que um módulo de 400W só produzirá 400W quando
exposto a 1000 W/m² de irradiância, massa do ar de 1,5, velocidade do vento de
1 m/s e a temperatura da célula for de 25 ºC.
Normalmente o módulo
fotovoltaico passará a maior parte do tempo produzindo abaixo de sua potência
nominal, mas não é impossível que ele gere também acima de sua potência nominal.
Isto porque em pesquisas realizadas no território brasileiro foram observados valores
de irradiância de global horizontal de até 1845 W/m² em Caucaia – CE [3]. Dependendo
das perdas por temperatura e do nível de degradação natural do módulo é possível
que o módulo ultrapasse sua potência nominal nesta condição de irradiância.
Primeiramente, a eficiência das
células fotovoltaicas depende de vários fatores, incluindo: reflexo na
superfície da célula, perdas no espectro infravermelho e ultravioleta, perdas
devido à espessura da célula, perdas devido ao fator de tensão e ao fator de
forma, perdas devido a recombinação e perdas na resistência em série. Alguns
desses fatores de perda da eficiência da célula fotovoltaica são determinados
por leis fundamentais da física, de modo que não podem ser reduzidos. Já as
perdas de eficiência que dependem da tecnologia de formação das células fotovoltaicas
podem ser reduzidas [2].
A eficiência dos módulos
fotovoltaicos é calculada com base em sua potência (em STC) e sua área. Portanto,
um módulo de 810W, por exemplo,
possuindo dimensões de 2,220m x 1,757m deve ter aproximadamente 20,76% de
eficiência. Isto porque umas das formas para se calcular a eficiência de um
módulo fotovoltaico é usando a seguinte equação:
Eficiência [%] = (Potência) / (comprimento)
x (largura) x (1000 W/m²)
Então teremos o seguinte:
Eficiência [%] = (810 W) / (2,220
m) x (1,757 m) x (1000 W/m²) = 0,2076 ou 20,76%
Na falta da folha de dados
técnicos, podemos calcular a eficiência do módulo fotovoltaico usando os dados
da etiqueta de eficiência energética.
Figura 1 – Etiqueta de eficiência
energética de um módulo fotovoltaico. Fonte: DAH Solar.
Por exemplo, para o módulo de
330W da Figura 1, que possui uma área de 1,94 m² teremos o seguinte:
Eficiência [%] = (330 W) / (1,94 m²) x (1000 W/m²) = 0,1701 ou 17,01%.
Ao contrário dos inversores onde 2% a mais de eficiência significa 2% a mais de energia, em um módulo fotovoltaico 2% a mais de eficiência significa aproximadamente 10% a mais de energia. Como pode ser?
Vamos dar um exemplo de um módulo fotovoltaico com 20% de eficiência (um número alto, porém razoável para o mercado atual) e para simplificar nosso cálculo usaremos um módulo de 2 metros quadrados de área.
Desta forma, usando a equação de eficiência e assumindo uma irradiância de 1000 W/m² incidindo sobre o módulo de 20% de eficiência, a potência do módulo fotovoltaico será: 1000 * 2 * 0,2 = 400W.
Se o mesmo módulo tivesse uma eficiência de 22%, ele produziria 1000 * 2 * 0,22 = 440W, que é uma potência 10% maior que a anterior com apenas 2% a mais de eficiência. Essa é uma grande diferença e é por isso que a indústria de módulos fotovoltaicos fica tão animada a cada aumento de eficiência.
Entretanto, como você pode ver nos cálculos, a potência do módulo fotovoltaico já leva em conta a sua eficiência. Então, se eu tenho um "módulo de 400W", não importa qual é a sua eficiência, pois ela já faz parte do número 400W. Em outras palavras, módulos de potências iguais não produzirão mais ou menos que o outro, ambos produzirão 400W no STC. A diferença estaria no tamanho do módulo, onde módulos de maior eficiência precisam de menos área do que módulos menos eficientes com a mesma classificação.
Parâmetros operacionais como
temperatura da célula fotovoltaica, intensidade de irradiância, umidade e
poeira afetam o desempenho do módulo fotovoltaico [4]. Pode não ser novidade
para muitos que a potência de saída do módulo seja afetada pela temperatura,
pois em geral encontramos na folha de dados técnicos dos módulos o coeficiente
de temperatura relacionado à potência. Entretanto, a eficiência e o fator
de forma – FF (ou fator de preenchimento) do módulo fotovoltaico de silício cristalino
também diminui à medida que a temperatura do módulo aumenta [5]. Da
mesma forma, a eficiência e o fator de forma do módulo fotovoltaico de
silício também diminui à medida que a irradiância aumenta [6].
Momento Cultural: Qual a diferença entre irradiância e
irradiação solar? A irradiância solar, dada em watt por metro quadrado
(W/m²) é o fluxo de radiação solar que incide em uma superfície e é composta
por suas componentes direta e difusa. A irradiação solar ou energia
radiante incidente acumulada em um intervalo de tempo é dada em watt hora por metro
quadrado (Wh/m²) ou joule por metro quadrado (J/m²) [7].
Como não existe um coeficiente
de temperatura relacionado à eficiência presente na folha de dados técnicos dos
módulos fotovoltaicos, vamos citar os resultados obtidos nos respectivos
estudos para se ter uma noção quantitativa desta perda de eficiência por
temperatura. Radziemska [5] verificou uma diminuição da eficiência de 0,08%
para cada aumento de 1 grau Kelvin na temperatura do módulo de silício
cristalino. Enquanto Ugwuoke and Okeke [6] verificaram uma diminuição da eficiência
de 3.62%, 7.65%, e 9.61% para módulos de silício amorfo, policristalino e
monocristalino, respectivamente, quando o valor de irradiancia subiu de 600W/m²
para 1000 W/m². Quando a irradiância era de 600 W/m², as eficiências
encontradas nos módulos de silício amorfo, policristalino e monocristalino foram
de 4,94%, 9,67%, e 12,97%, respectivamente. Portanto, a eficiência diminuiu
cerca de 0,33%, 0,51% e 0,84% para módulos fotovoltaicos de silício amorfo, policristalino
e monocristalino, respectivamente, para cada aumento de 100 W/m² na irradiância
solar [6].
Ao buscar um estudo semelhante
porém mais atual, encontramos um estudo de 2018 feito com um módulo de silício
policristalino com eficiência de 15,37% no STC e na temperatura de 45,50 ºC foi
observada uma eficiência de 11,4% [8].
Dados os resultados destes
estudos, é possível constatar que se compararmos as perdas de potência e
eficiência com o aumento da temperatura, a perda de potência é maior que a perda
de eficiência à medida que a temperatura aumenta. Por outro lado, se
compararmos o aumento da potência e a perda da eficiência com o aumento da
irradiância, é possível constatar que o aumento da potência é mais
significativo que a perda de eficiência.
Até aqui falamos apenas de
fatores como temperatura e irradiância influenciando na potência e na
eficiência. Como mencionado anteriormente, outros parâmetros também influenciam
no desempenho do módulo. Porém, como os demais fatores irão influenciar diretamente
na temperatura ou na irradiância, para o que se propõe este artigo julgamos redundante
e desnecessário se aprofundar nos mesmos.
As Figuras 2 e 3 apresentam trechos de folhas de dados técnicos de famílias de módulos de silício policristalino. Destacamos em amarelo o módulo da Figura 2 de 370W, o qual possui uma potência 5W menor que o módulo de 375W destacado na Figura 3, porém a eficiência do módulo de 370W é ligeiramente maior (0,03%).
Figura 2 – Módulo de silício policristalino de 370W com eficiência de 18,65% no STC. Fonte: Canadian Solar.
Figura 3 – Módulo de silício policristalino de 375W com eficiência de 18,62% no STC. Fonte: DAH Solar.
Note que se compararmos o
módulo de 365W da Figura 2 com o de 370W da Figura 3 observaremos o mesmo
padrão, ou seja, uma diferença de apenas 0,03% na eficiência. Isto é esperado,
visto que se tratam de módulos da mesma tecnologia, ou seja, de silício
policristalino. A diferença entre as eficiências dos módulos pode ser
considerada desprezível para fins de análise de produção de energia.
Agora observem as Figuras 4 e 5.
Tratam-se de famílias de módulos de silício mono PERC com 156 células Half-Cell
Multi-busbar. Para fazer uma comparação justa estamos comparando módulos de potência
e tecnologia idênticas. É possível observar várias eficiências idênticas,
então, novamente a diferença entre as eficiências dos módulos pode ser considerada
desprezível para fins de análise de produção de energia.
Figura 4 – Família de módulos de silício mono PERC com 156 células Half-Cell Multi-busbar de 435W a 455W no STC. Fonte: JA Solar.
Figura 5 – Família de módulos de silício mono PERC com 156 células Half-Cell Multi-busbar de 430W a 455W no STC. Fonte: Risen Energy.
Então, é possível concluir que
se compararmos módulos de mesma tecnologia e potência, a eficiência acaba por
não se tornar um fator determinante. Isto mostra também que comparar
eficiências com base apenas nos fabricantes e desconsiderar a diferença de
tecnologias pode nos levar a conclusões completamente erradas. Afinal, vimos
que Ugwuoke and Okeke [6] verificaram uma maior perda de eficiência em função
do aumento da temperatura nos módulos de silício monocristalino (que possuem
eficiências maiores no STC) em comparação aos módulos de silício policristalino
e amorfo.
Quando comparamos o desempenho
de módulos de diferentes tecnologias, as condições climáticas do local onde
serão instalados os módulos são mais importantes do que o parâmetro de
eficiência. Isto foi mostrado em artigos anteriores, então recomendamos a
leitura dos artigos “Módulos Fotovoltaicos – Monocristalino ou
Policristalino – Qual a melhor dessas duas tecnologias para o Brasil?” e “Desempenho de Diferentes Módulos em Climas
Distintos no Brasil”
reproduzidos anteriormente no nosso blog se quiser saber mais sobre o
desempenho de módulos de diferentes tecnologias.
Até aqui o foco da discussão
estava apenas nos módulos fotovoltaicos, porém, um sistema fotovoltaico não é
composto apenas por módulos. Quando falamos em eficiência em um sistema de
geração fotovoltaica, não podemos nos esquecer de que a eficiência do sistema é
muito mais importante que a eficiência de um de seus componentes. A eficiência
de um sistema fotovoltaico depende da arquitetura do sistema FV, das perdas
características desse sistema (mismatch, perdas ohmicas, etc), da eficiência
dos módulos, dos inversores e dos transformadores que eventualmente possam
compor esse sistema FV.
Portanto, não adianta nada ter
os módulos fotovoltaicos mais eficientes do mercado se eles fizerem parte de um
sistema fotovoltaico ineficiente.
Isto nos faz lembrar de uma
situação curiosa que persiste até a data de publicação deste artigo. O INMETRO,
através do Programa Brasileiro de Etiquetagem, definiu classes de eficiência
energética para módulos fotovoltaicos. Mesmo que o módulo não se trate de um
dispositivo que consome energia e mesmo que sozinho ele não consiga gerar
energia elétrica em corrente alternada foi estabelecida uma tabela de eficiência
energética para os mesmos [9], conforme mostra a Figura 6.
Figura 6 – Tabela de eficiência energética – Módulos. Fonte: INMETRO.
Como pode ser observado, basta
que um módulo fotovoltaico de silício cristalino tenha uma eficiência maior que
13,5% que ele será considerado um módulo Classe A. Pois bem, não existem mais
no mercado módulos com eficiências menores que 13,5%. Isso quer dizer que todos
os módulos fotovoltaicos do mercado são Classe A. Então, além da eficiência dos
módulos não serem referencia de eficiência energética de um sistema
fotovoltaico completo, cria-se uma falsa sensação de qualidade. Por exemplo,
uma empresa de instalação pode oferecer qualquer módulo fotovoltaico, pois o
mesmo sempre será de Classe A e incluir o pior inversor que existir no mercado.
Um consumidor leigo no assunto poderá ser induzido a escolher um sistema
supostamente Classe A.
Mesmo que essa tabela seja
atualizada para a realidade do mercado, ainda assim induzirá o consumidor a
escolher um sistema cuja eficiência não irá condizer com a eficiência presente
na etiqueta do módulo. Nem mesmo uma eventual etiqueta de classe para
inversores (que chegou a ser discutida pelo INMETRO) poderia auxiliar o
consumidor a escolher o sistema mais eficiente. Afinal, a eficiência do sistema
dependerá do projeto como um todo.
A potência e a eficiência dos
módulos fotovoltaicos não são constantes, elas variam em função de fatores
ambientais, como: irradiância, temperatura da célula fotovoltaica e coeficiente
de massa do ar, dentre outros.
A potência e a eficiência dos
módulos fotovoltaicos são parâmetros importantes que devem permanecer presentes
em todas as folhas de dados técnicos dos módulos fotovoltaicos, porém devem ser
analisados no seu devido contexto e de acordo com cada projeto. A potência e a
eficiência dos módulos são medidas em condições de teste padrão, ou seja, em
ambiente controlado. Como vimos aqui, esses dois parâmetros variam em função de
fatores ambientais, os quais devem ser considerados no projeto, pois
influenciarão no resultado da geração de energia elétrica. Em outras palavras,
isto quer dizer que um módulo com uma eficiência maior na folha de dados, não
implicará necessariamente em uma geração maior de energia em comparação com um
módulo de mesma potência com menor eficiência.
Ficou alguma
dúvida sobre o assunto ou quer saber mais? Comente aqui. Curioso agora para
saber mais sobre eficiências de inversores fotovoltaicos? Falaremos sobre isso
no próximo artigo! Não deixe de acompanhar nosso Blog e deixar comentários.
[1] R.
Thomas, M. Fordham, “Photovoltaics and Architecture”, Spon Press, London
and New York, 2001.
[2] Tomislav
Pavlovic, “The Sun And Photovoltaic Technologies”, Green Energy And
Technology Series, Springer, 2020. ISBN 978-3-030-22403-5.
[3] L.
R. do Nascimento, T. de Souza Viana, R. A. Campos, R. Rüther, “Extreme Solar
Overirradiance Events: Occurrence and Impacts on Utility-Scale Photovoltaic
Power Plants in Brazil”, Sol. Energy. 186 (2019) 370–381.
[4] Rahman,
M. M., M. Hasanuzzaman, and N. A. Rahim. (2015). “Effects of Various Parameters
on PV-Module Power and Efficiency”, Energy Conversion and Management, 103:
348-58.
[5] Radziemska
E. (2003). “The Effect of Temperature on the Power Drop in Crystalline Silicon
Solar Cells”. Renew Energy, 28(1):1–12.
[6] Ugwuoke
P. E., Okeke C. E. (2012). “Performance Assessment of Three Different PV Modules
as a Function of Solar Insolation in South Eastern Nigeria” International
Journal of Applied Science and Technology, 2(3):319–27.
[7] Pereira,
E. B.; Martins, F. R.; Gonçalves, A. R.; Costa, R. S.; Lima, F. J. L.; Ruther,
R.; Abreu, S. L.; Tiepolo, G. M.;Pereira, S. V.; Souza, J. G. “Atlas
Brasileiro de Energia Solar, 2ª Edição”; INPE: São José dos Campos, Brazil,
2017.
[8] Ahmad
S. A., Abubakar M., Ghani M. U., Noor A. (2018). “Performance Estimation of
Polycrystalline Photovoltaic Module During Summer”. International Journal
for Research in Applied Science & Engineering Technology (IJRASET), 2321-9653.
[9] Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia – INMETRO. Disponível em:
Por: João Paulo de Souza
Responsável técnico da Ecori Energia Solar, especialista em sistemas fotovoltaicos com tecnologia MLPE. Possui certificação para responsável de empresa de projeto e instalação de módulos fotovoltaicos pelo Instituto Totum. Mestre em Engenharia Eletrônica e Computação pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica - ITA, graduação em Engenharia Elétrica Industrial e curso técnico-profissionalizante em Eletrotécnica Industrial pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão - IFMA. Membro do Comitê Técnico Brasileiro de Sistemas de Conversão Fotovoltaicas de Energia Solar ABNT/CB-003. Foi engenheiro de sistemas aeroespaciais na Binacional Alcântara Cyclone Space (ACS). Foi pesquisador colaborador no Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE). Trabalhou na montagem do Laboratório de Identificação, Navegação, Controle e Simulação (LINCS) no IAE.
Neste artigo falaremos um pouco sobre o histórico e o cenário atual da segurança contra...
Desvendando Mitos Parte 3 - Estudos Sérios - Estudos Questionáveis e Energia Solar
Desvendando Mitos Parte 3.2 - Estudos Sérios - Estudos Questionáveis e Energia Solar
Grid-Zero: como funciona, suas aplicações homologação na distribuidora de energia elétrica
Os Riscos do Arco Elétrico em Sistemas Fotovoltaicos e Soluções de Segurança
Os Riscos do Arco Elétrico em Sistemas Fotovoltaicos e Soluções de Segurança
Derating de Temperatura dos Inversores Fotovoltaicos
Efeito PID - Degradação Induzida pelo Potencial em Módulos Fotovoltaicos
Seu módulo fotovoltaico atende aos requisitos de qualidade e segurança?